Como a Fisioterapia atua no COVID-19 no ambulatório?




 


O fisioterapeuta desempenha um importante papel no tratamento do paciente com Covid-19. Junto a uma equipe multidisciplinar, nós prestamos assistência na hora da intubação, na ventilação mecânica, mudanças de decúbito e nas condutas terapêuticas para remoção de secreções brônquicas e melhora da função respiratória", pontua.

Além das técnicas voltadas para a respiração, o profissional da fisioterapia realiza intervenções que estimulam a mobilidade do paciente. A fisioterapia motora é importante na recuperação, já que os pacientes ficam por um tempo prolongado no leito. Por conta desse tempo prolongado há, também, a síndrome do imobilismo. Então, se faz necessário a questão do movimento em si. É importante manter a amplitude articular, manter a função, o tônus e a força.

As precauções com as gotículas devem ser seguidas para a mobilização, exercício e reabilitação na maioria das circunstâncias.

Devido à proximidade com o paciente e a possibilidade de tosse do paciente deve-se considerar o uso de uma máscara N95 nos profissionais. Consulte a equipe de comissão de infecção sobre a possibilidade de mobilizar os doentes fora do quarto de isolamento. Se mobilizar fora do quarto de isolamento, certifique-se de que o paciente está usando uma máscara cirúrgica.

Os fisioterapeutas devem triar os pacientes para mobilização, exercício e reabilitação. Ao fazer a triagem, recomenda-se a discussão com a equipe de enfermagem, o paciente ou a família antes de decidir entrar na sala de isolamento do paciente. Intervenções diretas de fisioterapia só devem ser consideradas quando há limitações funcionais significativas, fragilidade, comorbidades múltiplas e idade avançada

Os pacientes devem ser encorajados a manter suas funções dentro do próprio quarto, sentar-se fora do leito e realizar exercícios e atividades simples da vida diária

A mobilização e prescrição de exercícios deve envolver cuidadosa consideração do estado dos pacientes (apresentação clínica estável com função respiratória e hemodinâmica estável).

Mobilidade e equipamentos de exercício físico:

O uso de equipamento deve ser cuidadosamente considerado e discutido com a equipe devido a prevenção de infecções antes de ser usado com pacientes com COVID-19, para garantir que ele possa ser adequadamente descontaminado. Deve-se usar faixas elásticas graduadas por cor, elásticos, ou outro material que pode ser usado de forma individual. Evitar o uso de equipamento especializado, a menos que seja necessário para tarefas funcionais básicas.

Quando mobilizações, exercícios ou intervenções de reabilitação são indicadas:

- Planejar bem o identificar / utilizar o número mínimo de profissionais necessários para realizar a atividade em segurança.

- Assegurar que todo o equipamento está disponível e funcionando antes de entrar nos quartos e equipamento está devidamente limpo/descontaminado. Se o equipamento precisar ser compartilhado entre os pacientes, limpar e desinfectar entre cada uso do paciente.

- Garantir a segurança das vias aéreas ao realizar atividades com pacientes ventilados ou pacientes com traqueostomia, evitar a desconexão inadvertida das conexões/tubos do ventilador.

PROTEÇÃO DO FISIOTERAPEUTA HOSPITALAR E DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIA

A transmissão pessoa a pessoa do COVID-19 ocorre por meio de gotículas e contato. A transmissão limita-se a procedimentos que geram aerossóis, como intubação orotraqueal, extubação, aspiração aberta das vias aéreas, broncoscopia, fisioterapia respiratória, ressuscitação cardiopulmonar, necrópsia envolvendo tecido pulmonar, coleta de amostra para diagnostico etiológico.

As medidas de prevenção da transmissão viral no Departamento de Emergência incluem:

1. Ter normas e rotinas dos procedimentos adotados na prestação de serviços de atenção à pacientes suspeitos de infecção pelo COVID-19.

2. Organizar o fluxo de atendimento aos pacientes suspeitos direcionando o profissional para atender especificamente os casos de COVID-19

3. Fornecimento de máscara cirúrgica aos pacientes sintomáticos e ou identificados como suspeitos. Os pacientes devem utilizar máscara cirúrgica desde o momento em que forem identificados até sua chegada ao local definido para atendimento.

4. Casos suspeitos de infecção pelo COVID-19 devem, preferencialmente, ser avaliados em box privado com a porta fechada ou uma sala de isolamento de infecções aéreas, se disponível.

5. Capacitar para uso e garantir suprimento de equipamentos de proteção individual (EPI) aos pacientes e profissionais de saúde. A precaução é de contato, aerossol (máscara N95), óculos e luvas.

6. Os pacientes devem estar em isolamento hospitalar em quarto privativo com porta fechada com a entrada sinalizada alertando isolamento respiratório para gotículas e contato.

7. Reforçar as medidas de higienização das mãos e a etiqueta respiratória.

8. Garantir higiene ambiental adequada.

9. Os pacientes deveriam ser alocados em quarto de pressão negativa. 10. Fornecer as orientações para assistência domiciliar a pacientes suspeitos ou confirmados e contatos

Em pacientes com manejo de via aérea: procedimentos geradores de aerossóis como intubação ou aspiração traqueal, ventilação não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar e ventilação manual antes da intubação ou qualquer procedimento de manipulação da via aérea, substituir a máscara cirúrgica por respirador de partículas (máscara n95 ou pff2).

Intubados - Colocar filtro no tubo endotraqueal.

A retirada de EPIs de profissionais de saúde deve acontecer após o atendimento às vítimas de doenças infectocontagiosas (Suspeitos e Confirmados) - COVID 19 (Coronavírus):

1. Retirar somente quando houver saco infectante apropriado e identificado;

2. Retirar as luvas;

3. Tirar o avental juntamente com o 2º par de luvas;

4. Retirar o capuz do macacão puxando pela região occipital;

5. Retirar o macacão Tychen/Tyvec (caso haja) com cautela para que a face externa não entre em contato com a roupa do profissional;

6. Retirar os óculos de proteção;

7. Retirar a máscara cirúrgica, e remover a máscara usando a técnica apropriada (ou seja, não tocar na frente, mas remover por trás);

8. Descartar o 1º par de luvas;

9. Higienizar as mãos com álcool gel


Para finalizar, o aprimoramento profissional é importante para termos o maior sucesso no combate à COVID. Segue dicas de conteúdos diferenciados para esse aprimoramento:

E-book UTI Guia de Bolso - Esse E-book foi criado para ser literalmente seu guia prático na área de UTI. Clique aqui

Curso Reabilitação Respiratória na COVID-19 - Esse curso foi pensado e organizado para oferecer subsídios teóricos e práticos para que os fisioterapeutas atuem de forma efetiva nos cuidados aos pacientes com sequelas respiratórias após a infecção pelo coronavírus. Clique aqui

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Manual de exercicios para pessoas idosas com comorbidade - O Guia contém exercícios prescritos por Fisioterapeutas, especializado em Ortopedia e Traumatologia, Doutorando em Saúde. 


Algumas indicações:

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