Fisioterapia Hospitalar Na Reabilitação na Artroplastia ndo Quadril





A artroplastia de quadril é a cirurgia na qual tanto a cabeça do fêmur quanto o acetábulo do quadril são substituídos por uma prótese metálica, de polietileno ou de cerâmica, podendo essa prótese ser cimentada ou não.

Graças à evolução da Medicina e dos materiais protéticos, a artroplasia de quadril se tornou uma das cirurgias mais bem-sucedidas no mundo, podendo melhorar a qualidade de vida do indivíduo que a necessita.

Em pacientes que se submeterão à artroplasia do quadril, uma equipe multidisciplinar deve sempre acompanhar o paciente. Dessa equipe, o fisioterapeuta tem papel fundamental, pois inicia-se a reabilitação do paciente já no próprio hospital, no momento do pós operatório imediato.

Tipos De Prótese

Existem no mercado diferentes tipos de prótese a serem utilizadas para artroplasia de quadril. O tipo de prótese a ser escolhida depende de cada caso e situação clínica.

Os principais tipos de prótese são:

1 – Prótese cimentada
Nesse tipo de prótese é utilizado um cimento ósseo para fixar o componente acetabular na bacia e a parte femoral no fêmur.

O acetábulo, nesse tipo de prótese, é feito de polietileno e a parte femoral de liga metálica.

2 – Prótese não-cimentada
Como o próprio nome indicada, a prótese não é cimentada, mas sim fixada diretamente na superfície óssea, sendo indicada, portanto, para pacientes que tenham boa qualidade óssea.

3 – Prótese híbrida
Utiliza uma parte da prótese sendo cimentada e a outra parte fixada diretamente no osso.

4 – Outros tipos de prótese
Há também próteses bi-polares, utilizadas para pacientes com fratura do colo do fêmur e endo-próteses, que substituem grandes segmentos ósseos.

Os implantes utilizados em cirurgias de artroplasia de quadril tem duração de no mínimo 20 anos, portanto, são feitos de material duradouro e que não deve causar nenhuma reação de sensibilidade ao paciente.

Em relação à maior duração de cada tipo de implante, isso é um assunto muito controverso, uma vez que não há uma indicação específica única, dependendo sobretudo das características ósseas de cada paciente.

Um estudo de 2003 [3], por exemplo, mostrou que um tipo específico de prótese (Modelo AML – Anatomic Medullary Locking) tiveram índices de falha (por soltura) variando de 1,3% a 9% em relação ao componente femoral e de 3% a 15% em relação ao componente acetabular.

Tipos De Artroplasia De Quadril

- Artroplasia parcial de quadril: envolve somente a superfície articular da cabeça do fêmur;

- Artroplasia total de quadril: envolve a superfície articular da cabeça do fêmur e o acetábulo.

- Artroplasia de quadril de recapeamento: recobrimento da cabeça femoral através de fresagem e retirada da cartilagem, sem osteotomia do colo femoral.

A artroplasia parcial de quadril indica a colocação somente de o implante femoral, mantendo a relação com a cartilagem acetabular do paciente.

Nesse tipo de cirurgia, geralmente se utiliza uma prótese cimentada, sendo indicada para pacientes idosos, com outras comorbidades e baixa demanda funcional, sendo um procedimento mais rápido, com menos sangramento.

Há também cirurgiões que optam por implantes não-cimentados nesse tipo de artroplasia, mas deve-se sempre se lembrar que a qualidade do osso do paciente deve ser suficientemente boa para essa indicação.

Já a artroplasia total de quadril cimentada é indicada para pacientes com qualidade óssea ruim tanto na região do fêmur quanto no acetábulo.

O que define o tipo de prótese a ser utilizada é, muito mais que a idade do paciente em si, mas sim a qualidade óssea que esse paciente possui, sendo avaliada por características clínicas e radiográficas.

A artroplasia de quadril de recapeamento pode ser indicada para pacientes mais jovens e ativos.

A Fisioterapia

Com o paciente ainda internado, o fisioterapeuta é responsável pela orientação em relação a posturas inadequadas, como flexão do quadril acima de 90o.

Além disso, o fisioterapeuta deve orientar sobre a posição do paciente no leito e realizar decúbito dorsal e rotação neutra dos membros inferiores.

Deve-se também ser realizada a elevação dos membros inferiores de 25o a 35o no pós-operatório imediato.

Com o passar dos dias, pode-se iniciar uma série de outros procedimentos pelo fisioterapeuta, ainda durante a estadia do paciente no hospital. É importante lembrar que todos esses procedimentos devem ser realizados dentro do limite de dor do paciente.

Alguns exercícios passivos e ativos de flexão de joelho em decúbito dorsal podem ser realizados, bem como exercícios isométricos de coxo-femoral, exercícios manualmente resistidos de tornozelos e exercícios ativos de artelhos.

É importante evitar exercícios de rotação de quadril por pelo menos 3 semanas, estimulando rotadores apenas com exercícios isométricos.
Com o passar das semanas, alguns outros exercícios podem ser incluídos mas sempre dentro da tolerância do limite de dor do paciente, com exercícios sentados.

Em caso de próteses não-cimentadas, é possível iniciar a deambulação assistida com carga mínima, com andador ou muletas.

À medida que o tempo evolui e o paciente também, novos exercícios podem ser incluídos como exercícios em ortostatismo do membro submetido à cirurgia, com evolução do treino de marcha e de transferência.

Outro fator importante é que o fisioterapeuta realiza movimentos não só relacionados ao membro operado, mas sim exercícios respiratórios, já que complicações respiratórias podem adiar a alta hospitalar.

Fonte

Com o intuito de ajudar os fisioterapeutas e estudantes de fisioterapia a atuar dentro de um Hospital, esse material foi elaborado por uma fisioterapeuta que escolheu tópicos com diversos assuntos que vão ajudar demais a quem lida com Fisioterapia Hospitalar.  Clique aqui e saiba mais


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