Saiba mais sobre a Fisioterapia no Alzheimer





O Alzheimer é uma condição neurodegenerativa caracterizada pela deterioração da memória e de outras funções cognitivas, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e múltiplas alterações psicológicas e comportamentais que mais comprometem a qualidade de vida dos idosos.

Com o avançar da doença, os pacientes passam a ter menos capacidade de comunicação, menor mobilidade, cursam com apraxia (incapacidade em realizar ações voluntariamente mesmo que seja possível executá-las), agnosia (incapacidade em reconhecer objetos com uso de um ou mais sentidos), sintomas neuropsiquiátricos e passam, por isso, a demandar cada vez mais cuidados de terceiros. Assim, pode-se ter três estágios onde descreve o curso clínico da doença, sendo eles: estágio inicial (leve), manifestação (moderada) e terminal (grave)

Sabe-se que atualmente a neuroplasticidade, que é o termo usado para a capacidade do sistema nervoso reorganizar a sua estrutura durante o seu desenvolvimento após a ocorrência de lesões, se mantém operante no cérebro adulto, através da capacidade de aprendizagem (restruturação de sinapses), de evidências de remodelação e brotamento sináptico e ramificação de dendritos, e da mielinização em algumas áreas corticais, que pode aumentar até pelo menos a sétima década de vida.

Através de técnicas fisioterapêuticas é possível melhorar a qualidade de vida do paciente com a doença de Alzheimer, retardando perdas funcionais e reduzindo complicações devido a imobilizações. Ainda é possível a melhora do equilíbrio corporal, prevenir quedas, melhora da marcha, evitar encurtamentos musculares, perda de massa muscular e força muscular, diminuição de tônus, prevenir deformidades, promovendo assim a independência funcional.

De modo geral os programas fisioterapêuticos administrados tem: a cinesioterapia, que se iniciada logo no início da patologia, prevenindo complicações cardíacas, articulares e do trato respiratório. Estas técnicas podem ser associadas à hidroterapia com exercício de carga, que proporcionam maior conforto e promovem o fortalecimento muscular. Os exercícios respiratórios, trazem como benefícios o aumento da capacidade pulmonar, fortalecimento da musculatura respiratória, reduzindo os riscos de complicações do trato respiratório, como a pneumonia, e evita acúmulo de secreções. Estes exercícios ajudam ainda, o idoso, no relaxamento e controle da ansiedade.

O fortalecimento muscular de membros superiores e inferiores reduzem o risco de quedas, que trazem como consequência as fraturas, sendo importante a atuação do fisioterapeuta para a promoção do fortalecimento, tendo em vista que as quedas são um acontecimento recorrente na vida dos idosos, que já possuem um desequilíbrio entre as células de absorção e regeneração na matriz óssea, osteoclastos e osteoblastos.  Os circuitos funcionais com obstáculos, por exemplo,  são utilizados para treino de marcha e reconquista do equilíbrio. As atividades que incluem jogos de memória com cores, palavras cruzadas, jogos de adivinhação e contagem das séries dos exercícios, quando colocados no programa de reabilitação do paciente com Alzheimer, associados à cinesioterapia, foram constatados ganhos cognitivos importantes.

A abordagem da fisioterapia na DA é direcionada de acordo com os comprometimentos, principalmente motores, apresentados pelos idosos no decorrer da doença. A independência do idoso nas suas atividades de vida diária (AVDs), ou o mais próximo disso, é sempre o foco do fisioterapeuta, a partir de condições características da DA e do próprio envelhecimento que podem levar ao prejuízo dessa independência, como a fraqueza muscular, o déficit de equilíbrio, de coordenação e a imobilidade

A fisioterapia atua na manutenção das capacidades funcionais, assim como, reduz e retarda complicações decorrentes da patologia, fazendo com que estes portadores possam ser independentes funcionalmente.

O EBOOK Fisioterapia no Alzheimer com eficiência é para estudantes e profissionais de Fisioterapia e traz toda a explicação da doença de Alzheimer voltada para fisioterapeutas, seus estágios, tratamentos específicos e exercícios que podem ser feitos.



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