A cervicalgia representa uma das principais causas de limitação funcional atendidas em clínicas de fisioterapia, afetando pacientes de todas as faixas etárias, principalmente os expostos a posturas sustentadas e cargas repetitivas. Para o fisioterapeuta, a compreensão aprofundada dos mecanismos fisiopatológicos envolvidos é o ponto de partida para uma intervenção baseada em evidência.
A dor cervical pode ter origem musculoesquelética, discogênica, artrogênica ou miofascial, exigindo uma avaliação detalhada para identificar disfunções primárias e compensações secundárias. A literatura destaca a importância da análise biomecânica da coluna cervical e cervicotorácica, considerando a influência das cadeias cinéticas ascendentes e descendentes, além da integração com o sistema vestibular e ocular.
Dentre os recursos fisioterapêuticos com melhor respaldo científico, destacam-se:
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Terapia manual ortopédica (OMT): mobilizações e manipulações cervicais, com ênfase em técnicas específicas para disfunções de segmento, especialmente entre C3-C7. Há evidência robusta de que essas técnicas promovem melhora imediata na amplitude de movimento e redução da dor.
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Exercícios de controle motor cervical: exercícios que ativam os músculos flexores profundos, como longus colli e longus capitis, são eficazes na modulação da dor crônica e prevenção de recorrência.
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Treinamento proprioceptivo: com uso de biofeedback ou movimentos orientados para realinhamento sensório-motor, ideal para casos com comprometimento da orientação postural e coordenação cabeça-olhos.
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Liberação miofascial: especialmente em pontos-gatilho de trapézio superior, elevador da escápula e esternocleidomastoideo, que contribuem para padrões de dor referida e rigidez.
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Educação terapêutica: foco em neurociência da dor, estratégias de autocontrole e manejo do estresse, fundamentais na abordagem de cervicalgia persistente.
O fisioterapeuta deve ainda considerar fatores psicossociais, como catastrofização, sono inadequado e fatores de estresse, integrando o modelo biopsicossocial à prática clínica. A intervenção não deve se limitar ao alívio sintomático, mas à restauração funcional com metas mensuráveis, protocolos individualizados e monitoramento progressivo dos resultados.
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