Tratamento fisioterapêutico da entorse de tornozelo: quais recursos têm melhor evidência?



 

A entorse lateral de tornozelo é uma das lesões musculoesqueléticas mais prevalentes na prática clínica, especialmente entre atletas e praticantes de atividade física. Embora muitas vezes subestimada, essa condição possui altas taxas de recidiva e cronificação, sendo responsável por déficits funcionais duradouros se não for adequadamente tratada.

Do ponto de vista fisioterapêutico, a intervenção precoce, individualizada e baseada em evidências é fundamental para restaurar a estabilidade articular, prevenir instabilidade crônica e promover o retorno seguro às atividades.

Segundo as diretrizes clínicas e revisões sistemáticas recentes, os principais recursos com forte evidência para o tratamento da entorse de tornozelo são:

  • Mobilização articular (terapia manual): Técnicas como a mobilização anteroposterior do tálus e o deslizamento posterior da tíbia têm efeito comprovado na melhora da dorsiflexão, função global e propriocepção.

  • Exercícios de fortalecimento e controle neuromuscular: Foco nos músculos peroneais, tibial posterior, gastrocnêmico e intrínsecos do pé. A reabilitação deve incluir desde exercícios isométricos até pliometria, respeitando a progressão de carga e estágio de cicatrização.

  • Treinamento proprioceptivo e de equilíbrio: O uso de superfícies instáveis e estímulos sensoriais variados é essencial para restaurar o controle postural e reduzir o risco de recidivas.

  • Bandagens funcionais e ortóteses: A aplicação de tape elástico ou rígido e o uso de tornozeleiras nas fases iniciais são estratégias com respaldo para redução da dor e aumento da segurança durante a marcha.

  • Controle da dor e edema: Técnicas como crioterapia, eletroterapia analgésica e drenagem linfática manual são úteis nos primeiros dias, com transição rápida para mobilização ativa.

Além dos recursos terapêuticos, a avaliação criteriosa da amplitude de movimento, força muscular, estabilidade articular e controle motor é indispensável para estabelecer metas terapêuticas e garantir uma recuperação segura.

Cabe ao fisioterapeuta conduzir todo o processo de reabilitação com base na análise funcional, no retorno progressivo às atividades e na educação do paciente sobre o papel do fortalecimento contínuo e da prevenção de recaídas.

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