Fisioterapia Motora Infantil no Autismo




 


As crianças com TEA apresentam déficits comportamentais que são decorrentes de comportamentos sensoriais incomuns e comportamentos motores estereotipados, ou seja, estereotipias sensório-motoras, em que podemos destacar movimentos repetitivos das mãos, balanço repetitivo do corpo, necessidade constante de movimentos motores (correr, pular, andar nas pontas dos pés, movimento repetitivo dos dedos, dentre outros). Essas estereotipias motoras assomadas com dificuldades sensoriais e dificuldades de planejar e executar movimentos corporais, ou seja, dificuldades de planejamento motor, não permitem uma experimentação motora adequada para promover o aprendizado cognitivo

As experiências motoras da criança são decisivas na elaboração progressi‑va das estruturas que, aos poucos, dão origem às formas superiores de raciocínio, isto é, em cada fase do desenvolvimento, ela consegue uma deter‑minada organização mental que lhe permite lidar com o ambiente. Pode‑se assim dizer que, em ter‑mos de evolução, a motricidade é uma condição de adaptação vital. Sua essência reside no fato de nela o pensamento poder manifestar‑se. A pobreza de seu campo de exploração irá retardar e limitar a capacidade perceptiva do indivíduo.

As duas principais dificuldades motoras apresentada pela criança com autismo são a hipotonia (baixo tônus e força muscular) e apraxia (prejuízo na habilidade de executar movimentos hábeis, apesar de possuir a habilidade física e o desejo de executar).

Na Fisioterapia Motora há diversos exercícios que podem ajudar no desenvolvimento do autista, seja criança ou adulto, mas a atividade mais utilizada é o método Bobath onde prioriza a melhora da capacidade funcional da criança, isto é, independência cada vez maior na sua rotina de vida diária. A terapia é especializada no tratamento de distúrbios de função, movimento e controle postural. O objetivo do tratamento é obter mudanças no tônus postural e padrões de movimentos, para possibilitar torná-los mais úteis e eficientes, através da prática e do aprendizado. As sessões visam: Ajuste postural em resposta as modificações do ambiente e as mudanças no corpo durante atividades funcionais, motivar orientação de tarefas e funções promovendo aumento de sua independência.


O profissional que decide lidar com a criança autista deve considerar tudo o que é sabido sobre o processo de desenvolvimento normal e os fatores que otimizam o desenvolvimento, como também tem de considerar o que se sabe sobre os aspectos anormais que interferem no desenvolvi‑mento das crianças autistas.É fácil perceber que a criança autista não possui um corpo vivenciado. A sensação que se tem é que o corpo é um objeto à parte, sem significação, sem importância. Existe uma grande dificuldade, por parte dela, em compreender seu corpo como um todo. Ela não desenvolve, de maneira adequada, as noções de Esquema Corporal, o que tem diversas implicações,

É fundamental que a Fisioterapia Motora seja realizada de forma individualizada e ser aplicado um programa de treino de habilidades motoras. Ela tem como objetivo ensinar habilidades motoras, relacionadas à coordenação motora fina e grossa, controle de força e propriocepção, que são pré-requisitos para o aprendizado de futuros movimentos necessários para atividades de vida diária.

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