Bandagem Elástica Funcional na Fisioterapia




 


bandagem elástica é muito utilizada em lesões crônicas, para prevenir o agravamento da lesão. Muitas vezes o paciente não apresenta mais sintomas ou restrições de movimentos, já estando reabilitado, contudo será exposto a alguma situação que causará instabilidade e poderá ser um fator de risco para o retorno da lesão.

Existem três tipos de bandagens

1. Esportiva (Athletic Taping) - indicada para lesões agudas e prevenção de lesões, sem benefícios de reabilitação.

2. Biomecânica (McConnell Taping) - usada para promover alinhamento biomecânico de tecidos e articulações para reeducação neuromuscular durante o tratamento fisioterapêutico ou nas atividades do dia a dia

3. Neuromuscular (Kinesio Taping) - técnica específica de aplicação sobre e nas adjacências dos músculos para prover suporte articular, normalizar contrações musculares e auxiliar na circulação."As bandagens podem atuar no alinhamento articular e muscular, na facilitação sensorial ou até mesmo como placebo. Tudo ainda é pouco claro e muito debatido. Mas o que se observa é uma melhora clínica da função e da dor", avalia Guilherme Ribeiro Branco, fisioterapeuta da Sceletus Excelência em Fisioterapia, de Belo Horizonte (MG). Porém, ele ressalta que a técnica não substitui os tratamentos musculoesqueléticos tradicionais.

Elas são muito utilizadas para correções posturais, por meio da técnica do reposicionamento articular. Elas também podem ser aplicadas em pacientes com artrose, condromalácia patelar e entorses de tornozelo. Além disso, por meio da técnica de alteração da ativação muscular, as bandagens também são indicadas para pacientes com lombalgias, contraturas e estiramentos musculares, paralisia facial, fascite plantar, hérnia de disco e quadros álgicos diversos. Veja outras aplicações que a Bandagem pode ter na Fisioterapia

Bandagem elástica para tendinite patelar

Para essa bandagem, um tensionamento de 60% é aplicado. A aplicação é realizada de distal para proximal e a estabilização acontece em torno da patela. Uma bandagem adicional é utilizada na região infrapatelar, com a mesma pressão de 60%, podendo ser aplicada antes ou depois da anterior.

Bandagem elástica para condromalacia patelar

Para essa bandagem, o paciente deve estar sentado, com flexão de 90° de joelhos. Um tensionamento de 60% é aplicado. A bandagem deve ser cortada na região central, mantendo as âncoras integras. O espaço que ficou no meio é destinado para a estabilização da patela. A aplicação é realizada de proximal para distal.

Bandagem elástica para ombro – instabilidade

Para essa bandagem, um tensionamento de 40% é aplicado. A articulação deve ser posicionada em rotação lateral para que a aplicação ocorra de maneira adequada. Duas bandagens são utilizadas, uma na horizontal e outra na vertical. A primeira faixa aplica é a horizontal, que deve ser posicionada no meio da articulação, com a primeira âncora posicionada na linha axilar e a tensão aplicada de anterior para posterior. A faixa vertical é aplicada com a tensão de superior para inferior, sendo a primeira âncora posicionada na parte superior lateral da articulação.

Bandagem elástica para tornozelo – tendinite de calcâneo

Para essa bandagem, um tensionamento de 15% é aplicado. A primeira âncora permanece inteira, enquanto a segunda é cortada em duas partes, chegando a divisão quase até a primeira âncora. A primeira âncora é inserida na parte posterior do calcâneo e as duas caudas são tensionadas nas regiões póstero-laterais da perna, encontrando-se na fossa poplítea.

Bandagem elástica para fascite plantar

Para essa bandagem, um tensionamento de 15% é aplicado na Fascite Plantar. A primeira âncora permanece inteira, enquanto a segunda é cortada em quatro partes. A primeira âncora é inserida na parte inferior do calcâneo e as quatro caudas são tensionadas uma a uma, em direção aos dedos de pé.

Em alguns casos uma outra bandagem de 50% de tensão é utilizada, para estimular a supinação do tornozelo. Essa segunda bandagem permanece com as duas âncoras inteiras, sendo a primeira colada na parte inferior do maléolo medial e a tensão aplicada na direção lateral inferior, com inserção na parte superior do maléolo lateral.

Bandagem elástica para cefaleia tensional

Para esta patologia três bandagens são utilizadas. As duas primeiras, posicionadas de forma vertical, possuem 15% de tensionamento. As âncoras devem ser aplicadas na base do osso occipital e a tensão é aplicada de cima para baixo. O intervalo entre essas duas bandagens é destinado aos processos espinhosos das vértebras. Uma terceira bandagem é aplicada sobre as anteriores, com tensionamento de 40%, sendo aplicada a cauda e depois as duas âncoras.

Bandagem elástica para dor lombar generalizada

Em casos de dor generalizada, a aplicação em estrela é utilizada. Para essa bandagem, um tensionamento de 15% é aplicado. Para a aplicação da bandagem, o paciente é posicionado em pé, com uma flexão anterior de tronco. Primeiramente as bandagens em forma de "x" são aplicadas, e por cima ocorre a aplicação em formato de cruz.

Quando o paciente apresenta algum ponto de tensão na região lombar, é importante que o ponto em questão esteja localizado bem no centro, no encontro de todas as bandagens. Diferente de todas as outras aplicações, nessa o tensionamento da cauda é realizado ainda com a bandagem fora do corpo e então as âncoras são aplicas, sem qualquer tração.

Bandagem elástica para disfunção temporomandibular

Para esta alteração, duas bandagens são utilizadas. A primeira é cortada em "V", pois a primeira âncora permanece inteira, enquanto a segunda é cortada em duas partes. Um tensionamento de 15% é aplicado. A primeira âncora é aplicada na frente da orelha, no osso zigomático, sendo uma cauda direcionada para a lateral do nariz e outra para a lateral da boca. Uma segunda tira horizontal é colada sobre a primeira, com tensionamento de 40%.

Somente uma articulação temporomandibular recebe a aplicação por vez. Se as duas apresentam disfunção, o fisioterapeuta deve observar no momento de abrir a boca qual se movimenta primeiro e fazer a aplicação nessa articulação específica.

Concluindo

O uso da Bandagem Funcional na fisioterapia objetiva normalizar a biomecânica dos segmentos, promover normalização de tônus muscular, facilitando a atividade sinergista e o alinhamento articular, além de diminuir a irritação do tecido neural. Assim, há uma otimização da coordenação do movimento, facilitando o reestabelecimento da propriocepção, como observado nos resultados obtidos, onde as pacientes apresentaram maior facilidade na execução dos movimentos pela redução da espasticidade e alinhamento articular

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