A osteopatia pode ser aplicada a toda a gente, desde o recém-nascido até ao idoso, passando pelas grávidas e pelos atletas. Tem algumas contraindicações tais como cancro dos ossos, artrite reumatoide na fase aguda e osteoporose avançada. O osteopata não tem a pretensão de curar, como fazem questão de sublinhar. A cura é uma consequência de uma série de fatores e depende principalmente da vontade do paciente.
O objetivo da osteopatia é de tratar a causa da dor através de um trabalho GLOBAL das cadeias lesionais ascendentes e descendentes e não de tratar somente os sintomas dolorosos. Baseado na prática clínica a osteopatia permite que o osteopata trate todas as patologias posturais, articulares e vertebrais de maneira eficaz e duradoura.
Princípios da Osteopatia
Os quatro grandes princípios da Osteopatia são:
- A estrutura (ossos, músculos, órgãos, entre outros) está reciprocamente inter-relacionada com a função (referente aos vários sistemas do corpo humano). O sistema neuromusculoesquelético é regulador de todos os outros sistemas. Disfunções dos componentes somáticos podem não ser só uma manifestação de doença, mas um fator que contribui para a própria doença;
- O organismo tem a capacidade de autorregulação e cura, assim que são eliminados os obstáculos que promovem a doença;
- O sangue transporta todos os nutrientes necessários ao funcionamento saudável dos tecidos. Para o bom funcionamento do organismo, uma circulação vascular boa é fundamental;
- O corpo é uma unidade em movimento. O fluxo nervoso, vascular e linfático são essenciais para a manutenção da saúde.
São inúmeras as afecções tratadas ou atenuadas pela osteopatia, notam-se que as mais frequentes que chegam ao profissional são as que se referem a coluna vertebral, mas sabe-se que a atuação é muito mais ampla, entre elas:
- Hérnias de disco e protrusões discais;
- Alterações posturais;
- Tendinites;
- Entorses de repetição;
- Quadros de dor na coluna, como lombalgia, cérvico-braquialgia, dorsalgia, lombociatalgia, entre outros);
- Cefaleias, enxaquecas, labirintite;
- Refluxo gastroesofágico, hérnia de hiato, ptose, constipação;
- Rinites, sinusites, asma, bronquite;
- Zumbidos;
- Cólicas menstruais, prostatites, cistites;
- Ansiedade, estresse, depressão, distúrbios de sono;
- Disfunções em recém-nascido e crianças.
São observadas algumas contraindicações parciais e absolutas no tratamento de osteopatia, e isso vai depender de uma avaliação individualizada de cada paciente e do quadro da sua afecção, sendo:
- Doenças tumorais, infecciosas ou inflamatórias da coluna;
- Alterações metabólicas;
- Doenças degenerativas que envolvem a deterioração da estrutura ou função do tecido, como aterosclerose e metástases ósseas, entre outros;
- Fraturas e entorses na região de tratamento;
- Quadros articulares agudos, como artrite reumatóide;
- Lúpus;
- Espondilite anquilosante;
- Anquilose;
- Artropatias traumáticas recentes;
- Hérnia discal extrusada;
- Insuficiências circulatórias localizadas;
- Estruturas inflamatórias e infecciosas;
- Trombose;
- Cancro;
- Osteoporose avançada;
- Síndrome de insuficiência vértebro basilar circulatória.
A primeira sessão de Osteopatia comporta um exame completo: anamnese, palpação, inspeção, territórios cutâneos nervosos, etc. Depois, o exame osteopático vai evidenciar todas as alterações mecânicas do aparelho locomotor, essencialmente na pelve e na coluna vertebral. Após essa avaliação cuidadosa, precisa, completa e global, o osteopata tenta estabelecer as cadeias lesionais do paciente. Por exemplo, da esquecida entorse do tornozelo até a dor do pescoço pode intercalar-se uma série de desequilíbrios e lesões ostepáticas sedimentadas pelo tempo. Tratar essas lesões e esses desequilíbrios será, no caso, a chave do tratamento do pescoço. Uma sessão dura 50 minutos, com a presença constante do osteopata, tempo necessário para utilizar todos os recursos terapêuticos, obter um efeito nos tecidos moles periarticulares, sedar a dor e adaptar-se ao paciente, pois cada caso é um caso.
Dor e osteopatia:
Na relação entre dor e Osteopatia, a zona dolorida muito raramente é o nível do problema mecânico, visto que está relacionada com a hipermobilidade reacional a uma fixação articular localizada acima ou abaixo da região que apresenta o sintoma.
Toda restrição de mobilidade produz uma hipermobilidade compensadora, que poderá produzir nas regiões superiores ou inferiores inflamações das articulações, dos tecidos à sua volta (músculos, ligamentos, discos, etc).
Tendo em vista a ampla gama de recursos terapêuticos disponíveis na Osteopatia, é de se esperar que esta introdução ao assunto possa gerar, nos médicos e fisioterapeutas, sobretudo naqueles que não conhecem a fundo o vasto campo das técnicas manuais, um foco de interesse no sentido de levar aos pacientes novas formas de tratamento, mais simples, mais eficazes e muito mais capazes de tornar ainda mais fascinante o seu cotidiano profissional.
Para finalizar, é importante salientar que a Osteopatia é um método de tratamento que usa a Terapia Manual como ferramenta. Se você quiser conhecer e saber mais sobre outros métodos, inclusive com cursos de outras Terapias Manuais, clique aqui!
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